segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Texto postado no blog de Rita




Ao trabalhar com as variações lingüísticas, me veio à mente questões relacionadas à utilização da linguagem como forma de oprimir o outro, seja no seu jeito de falar, seja na autoridade ao falar ou no mecanismo de utilizar essa fala para libertar-se.Segundo Paulo Freire, a luta dos oprimidos contra os opressores, os leva a buscar recuperar sua humanidade em ambos, e aí está grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos, libertar a si e aos opressores.Somente o amor no homem e a fé entre eles será capaz de libertá-los das prisões do egoísmo, da alienação, do comodismo, da ambição, injustiça, ignorância e tantos outros meios de aprisionar.Precisamos fazer com que o mundo do monólogo perca espaço para o mundo do diálogo. Que essa mesma fala que se usa para oprimir seja usada para libertar. Aí entra o papel fundamental do professor na escola, seja ele de língua materna ou de qualquer outra disciplina....é fundamental que a escola e professores compreendam que ensinar por meio da língua e, principalmente, ensinar a língua são tarefas não só técnicas, mas também políticas... mas é sobretudo uma ação política, que expressa um compromisso com a luta contra a discriminação e as desigualdades sociais.(Magda Soares,2000)Como educadores somos também gestores da liberdade e peça fundamental no processo libertário de uma grande massa excluída e aprisionada, partindo do propósito de que para libertar algo ou alguém, é necessário, porém, libertar-se das suas próprias correntes.É preciso mudar, temos que nos empenhar muito na partilha do saber. Ser analfabeto por não decodificar símbolos gráficos ou por não saber lidar com as complexidades do mundo e da vida, é fator de exclusão.Freire acredita na libertação dos homens através do diálogo, do amor entre eles e da humanidade, pois o amor desencadeia tudo isso. Pela intransigência de muitos, milhares de inocentes foram mortos em guerras infundáveis.Não vamos criar um outro mundo , mas sim ser aceitos neste, para a partir daí modificá-lo.

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